Roteiros

Este espaço está destinado a roteiros que foram desenvolvidos em trabalhos acadêmicos, com o intuito de ser usado profissionalmente.


Estão descritos, por ora, 4 Roteiros desenvolvidos: 1 de curta-metragem, 2 de vídeo institucional e 1 de Áudio (capítulo de radionovela).


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SR. LUIZ E AS ISCAS DE PEDRA
 de
Eduardo Prado







“SR. LUIZ E AS ISCAS DE PEDRA”
FADE IN:
1.      EXT. CASA DE REPOUSO PARA IDOSOS – TARDE ENSOLARADA

Próximo a um pequeno jardim e junto com outros 5 idosos, SR. LUIZ (70 anos), APARECE ouvindo atentamente as INSTRUÇÕES de uma ENFERMEIRA (30 anos) que anuncia um passeio no DECK DO PESCADOR DE SANTOS. Atrás da enfermeira está uma van estacionada com um motorista a postos.
                                                
ENFERMEIRA        
         Estão todos preparados para o passeio?
         Hoje será no Deck do Pescador!

CORTA PARA:

2.      INTERIOR DA VAN EM MOVIMENTO

Sr. Luiz aparece na van em movimento, sentado nos últimos bancos, conversando com outros dois idosos sobre quando ainda era um jovem pescador.

SR. LUIZ   
Quando eu era jovem, pescava quase qual o peixe que quisesse, era o melhor do meu grupo, pois tinha técnicas que eram segredo só meu...
            
Imagem da van passando por algumas ruas da cidade,     sentido praia.

CORTA PARA:
3.      EXT. – AVENIDA EM FRENTE AO DECK DO PESCADOR – TARDE ENSOLARADA E CALMA

A van estaciona em frente a plataforma em frente ao Deck de Pesca. Os idosos descem da van em fila, acompanhados de duas enfermeiras e um auxiliar que carrega maletas e equipamentos de pesca.







2.

4.      EXT. – ENTRADA DA PLATAFORMA DE PESCA

Sr. Luiz acompanhado de seus companheiros da Casa de Repouso e carregando uma vara de pesca, AVISTA E É AVISTADO POR alguns ANTIGOS AMIGOS, que estão encostados NA GRADE DO DECK, EM FRENTE AO MAR, com as varas de pesca já lançadas sobre o mar. Sorriem uns para os outros.

5.      EXT. – PLATAFORMA DE PESCA

Sr. Luiz anda em direção aos seus amigos e cumprimenta todos com um abraço entusiasmado. Logo após se cumprimentarem, Sr. Luiz começa a dar dicas de pesca para todos, sobre bons locais e iscas de pescas.
                     
SR. LUIZ
Que alegria vê-los por aqui! Como está a pesca? Querem uma dica? Tentem usar fígado de frango como isca!
É ótimo! E aquele canto esquerdo do Deck é o segredo para pegar peixe-espada!


6.      Um dos homens do grupo, Sr. Carlos, 70 anos, o responde com um sorriso no rosto e com um braço apoiado em um dos ombros do Sr. Luiz, mostra um recipiente com camarões e as varas já posicionadas.


SR. CARLOS
Que bom rever você também, Luiz! Acabamos de chegar! Já começamos por aqui mesmo (centro do deck de pesca) e trouxemos camarão, depois do primeiro fisgado, vamos seguir suas ótimas orientações, Luiz!





              3.
7.      Sr. Luiz se encaminha ao canto do Deck, local que havia indicado aos seus amigos, preparando seus equipamentos para a pescaria, olha em direção aos mesmos, que estão há alguns metros no centro do Deck, e sorri.                                   
Depois, OLHA PARA O SEU RELÓGIO DE PULSO, verificando as horas, e ao levantar a cabeça vê ao longe alguns barcos que passam, e assim fica com o olhar perdido, mas feliz.

A imagem fica distorcida (desfocada), servindo como TRANSIÇÃO de tempo.

8.      A IMAGEM VOLTA A FICAR NÍTIDA – DECK DE PESCA

Sr. Luiz olha novamente o relógio, e percebe que já se passaram 15 minutos. Olha novamente para sua linha de pesca, que balança no mar, sem sinais de peixes e ouve ao longe alguns de seus amigos comemorando entre si a quantidade de peixes já pescados até aquele momento.

9.      Sr. Luiz olha em direção aos amigos e percebe os (3) baldes deles cheios de peixes. Carlos vem sorrindo e andando em sua direção e quando chega dá ALGUNS TAPINHAS NAS COSTAS de Luiz e tenta lhe passar algumas dicas.

CARLOS
(solidário)
O que aconteceu Luiz? Quer que eu lhe empreste alguma de minhas iscas artificiais? Tenho algumas muito boas se quiser, meu amigo!

10.    Carlos volta andando para o centro do Deck, para juntar-se aos outros pescadores e ir buscar algumas iscas artificiais para Luiz.





4.
11.    Sr. Luiz fica NITIDAMENTE INCOMODADO com a situação e olhando para o chão, encontra uma PEQUENINA PEDRA branca, SENTA-SE EM UM BANCO DO DECK que está atrás dele e REMEMORA uma situação.

12.    FLASHBACK – DECK DE PESCA – TARDE DE CALOR

Luiz agora é um JOVEM PESCADOR de 20 ANOS, no Deck de Pesca, com seus amigos.
Todos estão apoiados no Deck, DESANIMADOS, OLHANDO SUAS LINHAS sem nenhuma movimentação brusca no mar. Parece ser um dia sem grandes possibilidades.

13.    Luiz percebe sua linha se movimentar, e quando enfim consegue fisgar o pequeno peixe e trazê-lo à tona, encontra uma pequena pedra branca em sua boca.


14.    Tem a ideia então de passar a pescar com pequenas pedras que estão espalhadas em um canto do Deck. Seus amigos vendo isto o ridicularizam.


CARLOS – JOVEM (20 ANOS)
(sarcástico)

O Luiz já tá bêbado! Vai usar iscas de pedras pra pescar minhocas ao invés de peixes! (RISOS DE TODOS)


15.    Luiz ri de volta para os seus amigos, enquanto lança sua nova isca para o mar.

LUIZ – JOVEM
(Auto-irônico)

Esperem e vejam! Vão ser minhocas que vocês vão adorar assar com limão. (RISOS DO LUIZ).



5.
16.    Após poucos segundos de lançar sua isca ao mar, Luiz olha e ri, SOLTANDO GRITOS EUFÓRTICOS para a linha, fazendo um esforço grande para enrolar a manivela e trazer seu peixe grande, que cai no chão de madeira do Deck se debatendo.

17.    Todos olham com grande surpresa para o fato e cercam Luiz, não acreditando no que vêem.
Um dos amigos traz um balde para colocar o peixe recém-pescado.


18.    Luiz lança novamente a linha com outra pequena pedra, enquanto seus amigos vão verificar suas varas de pesca, ainda sem movimentação.



19.    Luiz grita EUFÓRICO enquanto traz novamente mais um peixe. A cena se repete sucessivamente.


20.    Luiz está sorrindo para o balde já cheio de peixes, ao redor estão seus amigos, que FELIZES, tiram a camisa e pulam no mar, numa grande comemoração, ESPIRRANDO GOTAS DE ÁGUA NO ROSTO DE LUIZ.

21.    TEMPO PRESENTE – DECK DO PESCADOR – FIM DE TARDE

Sr. Luiz, novamente com idade sênior, aparece recostado e dormindo no BANCO do Deck do Pescador, sendo acordado por duas ENFERMEIRAS da Casa de Repouso, que o chamam para ir embora.


22.    Sr. Luiz passa a mão no rosto, sentindo uma pequena gota d’agua escorrer no seu rosto. Verifica que sua vara de pesca está no mesmo lugar de antes de adormecer (apoiada no deck, lançada ao mar). No entanto, ao olhar o balde, percebe que agora está cheio de peixes cobertos de água e em cima de alguns, algumas das pequenas pedras que havia utilizado como isca.


7.
23.    Surpreso, Sr. Luiz levanta-se e ao olhar seus antigos amigos, todos estão mergulhando no cumprimentam pela grande tarde de pesca que teve.


24.    Sr. Luiz sem entender muita coisa, percebe que somente Carlos está se no centro do deck. Sr. Luiz coloca então a mão no bolso e retira, segurando uma pedra idêntica a de seu flashback.


CARLOS
(Solidário)
Deu uma aula, como nos bons tempos, hein, Luiz! (Carlos ri).

25.    Sr. Luiz abraça Carlos, se despedindo e junta-se aos companheiros da Casa de Repouso, carregando seus equipamentos de pesca e o balde cheio de peixes em direção a van, sorrindo feliz e mostrando aos colegas idosos o sucesso na tarde de pesca.

26.    Atrás do Sr. Luiz, seus antigos amigos já estão ao lado de Carlos, se enxugando, e podem ser vistos, distantes, cumprimentando-se, como que felizes com um segredo.


FADE OUT.
CRÉDITOS FINAIS         

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Roteiro Literário para capítulo de rádionovela de humor. Trabalho para fins acadêmicos. 
Texto totalmente próprio. 
O capítulo gravado em estúdio pode ser ouvido neste Link.



_MMmmmMMMmmmm
Imaginava isso enquanto a água do chuveiro escorria ralo abaixo.
_Que mudinha gostosa!

Bráulio era virgem. A educação mantida pela mãe até os 19 anos prevalecia. A mãe morava ainda com o marido, mas satisfazia as vontades sexuais com o vibrador que outrora encontrou na gaveta de cuecas deste. Pensou em fazer escândalo, mas ao provar a primeira vez o aparelho, decidiu manter sociedade anônima sobre os prazeres que compartilhavam. 

Sofia era muda, vivia com a mãe idosa na casa vizinha, e sua janela do quarto dava frente à janela do quarto de Bráulio, onde vez ou outra o garoto recolhia sua cortina até restar apenas uma fresta, e aguardava o espetáculo nu de Sofia. 

Certo dia, já cansado das fantasias homéricas que tinha sobre Sofia, Bráulio lançou seu plano à tona. Iria usurpar a mudinha sem dó nem piedade e como a infeliz não sabia falar, e a avó velha não iria levantar no meio da noite, seria fácil entrar janela adentro na tentativa de satisfazer sua fantasia sexual – certo que, como todo adolescente imagina seus fetiches, ao colocar o pênis pra fora a mudinha não iria manter dificuldades e lhe descobriria no garoto espinhento o garanhão do bairro. 

Bolado o plano, Bráulio esperou a meia noite. 
Sofia dormia com a janela do quarto, aberta - o que convidava o pobre tarado à sua cama. 
_É hoje q eu tiro o atraso! – vibrava Bráulio em meio à euforia. 

Dada a meia noite, Bráulio desenrolou seu plano. Pulou a janela descendo pelas lajotas da parede e escalou o muro q dava em frente à janela da mudinha. 
Passo por vez, Bráulio dependurou-se na arvore que iria levá-lo ao supra sumo sexual e enfim, deixaria a mudinha sem forças na perna, como já tanto ansiara. 
Janela pulada, passo a passo, o garoto a todo vapor visualizou a vitima, de costas, um pouco mais magra que a distancia lhe descrevia. 
Andou perto da cama, e chegando perto da mudinha, colocou as mãos na calça retirando a arma secreta que seu desejo lhe pedia. 
Em um gesto rápido acordou a mudinha, e mostrou-lhe o instrumento. 

_MMmMMMMMM e o grito sufocado pelo beijo forçado foi ineficaz de denunciar o invasor.
Uma baba estranha escorria de sua boca, enquanto sentia o corpo frágil se render sem resistência. 

MMMMMMMM insistia a mudinha que sem reação, só pode presenciar o avanço do algoz em meio a suas pernas. 

Sua calcinha parecia maior do que as que via no corpo ardente através de sua janela, e sua pele, um pouco mais rugosa do que imaginara, mas louco de vontade, tascou-lhe mais um beijo que fez escorrer a tal baba, mas não apresentava repulsa.

Atracou-se com vontade em meio aos gemidos da parceira que em tremeliques segurava as pernas do garoto sem firmeza, anunciado sem palavras o prazer de ser atacada.

O estranho ataque findou-se com o garoto chegando ao final de seu prazer descarregado entre as pernas da nobre mudinha que em instantes ja adormecera na cama sem dar lhe um beijo de despedida.

Vibrando ao chegar em casa o novo garanhão olhava com orgulho pra si mesmo no espelho enquanto relembrava a situação ocorrida.
Decidiu que no dia seguinte iria conversar com a mudinha e num gesto apaixonado lhe pediria a repetição.

O Dia amanheceu e Bráulio passando pelo quarto do pai e ouvindo zumbidos estranhos enquanto gemidos grossos eram discretamente ditos, o garoto lavou o rosto e encaminhou-se ao destino pretendido.

Batendo na porta, a velha veio ao encontro e o convidou para entrar. Bráulio sentou-se no sofá como a velha sugeriu e espantou-se ao ver que a calcinha da velha era a mesma que ele havia notado na noite anterior. Seu coração disparou e começou a suar ao desconfiar da besteira que havia cometido...